O que se diz e se ouve são apenas suposições e, como se percebe, nem tudo que se diz tem peso nessa campanha

A poucos dias de se definirem os candidatos oficiais para as eleições municipais, os partidos vivem a tempestuosa fase de surpresas. Algumas previsíveis, outras não. Algumas bem-vindas, outras não. O que importa é que como em qualquer corrida eleitoral, nada é previsível, e pelo que deu para perceber nessa eleição, em particular, mais do que nunca, as articulações e acordos falarão mais alto. Que candidatos dirão que estão pensando no futuro de Canoinhas (e o texto se repete em todas as cidades), isso é discurso de campanha, mas que, na verdade, pensam em seu próprio benefício, parece não ser mais segredo para ninguém. A saída tardia de Aguiar na fase de pré-candidaturas gerou uma verdadeira turbulência partidária, que se iniciou no PFL e parece que irá terminar no PSDB. Se ninguém confirma, também ninguém desmente. Por mais que tentem por panos quentes, e por mais que se digam compreensíveis com a decisão tomada pelo médico, o PFL foi desmoralizado publicamente por Aguiar, que deixou o partido em último plano, quando foi primeiro à imprensa para anunciar sua decisão, e, depois, comunicar informalmente o partido. Perde o PFL, que tinha em Aguiar a esperança de continuar no governo em Canoinhas. E como para se ter um perdedor, é preciso que alguém o vença, se levarmos esse dito popular a risca, diríamos que duas pessoas, em especial, ganham com a decisão de Aguiar: João Rosa Muller, que parece estar certo como candidato do PP e Leoberto Weinert, considerado pré-candidato oficial do PMDB. O caminho para a Prefeitura parece ter encurtado para os dois. Desde que um descarte o outro, ou una-se ao outro, obviamente.

 Mas isso são apenas conjecturas. Não podemos afirmar nada, pelo menos até o fim do mês, quando os partidos são obrigados a apresentarem suas chapas. O que se diz e se ouve são apenas suposições e, como se percebe, nem tudo que se diz tem peso nessa campanha. Ouve-se e aposta-se em muitas hipóteses em que na maioria se decepciona.